O desenhista técnico pericial do Departamento de Investigações de Crimes contra a Família, Xavier M, era um apaixonado pela sua profissão; mas vez por outra via-se surpreendido com sua própria habilidade com o lápis e as possibilidades ainda não exploradas daquele dom que Deus lhe dera. Aquela manhã, antes de ser detido pela corregedoria, seguindo as descrições feitas pelas mulheres que tiveram coragem de fazer a denúncia, desenhou a mão livre o rosto do homem que as estuprara. Era um auto-retrato. O mais perfeito que jamais fizera.
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