A Francisco de Carvalho, poeta cuja obra descobri um pouco antes da sua partida.
Aos digníssimos comensais
Este brinde
Sem jactância ou melindre.
Caña, Saquê, Porto, Arak
Absinto, cauim, conhaque:
Saúde!
Cheers! Kampai!
Consagro a Baco meu cálice
Minha visão turva e tríplice
O meu bêbedo equilíbrio
Pronuncio-me eloquente
Com minha voz baixo embargo
Com a qual vos ludibrio.
Atrevido e assaz insolente
Desidrato-me no líquido
Que desinibe-me e queima-me a língua
Se eu morrer, que seja à mingua
Bendita sois, água ardente.
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