14 agosto, 2006

213. boca-suja


poeta maldito boca-suja desses que escrevem em guardanapos de botecos de quinta categoria prolífico e compulsivo. escrevia e comia muito: churrasquinhos-de-gato, rodelas de salame com limão, regados a rabo-de-galo. porém, toda vez que precisava limpar a boca, sacrificava um poema. e assim a minha obra, dita maldita e capaz de fazer corar a velha dercy, permanece totalmente inédita.

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