07 agosto, 2012

Conde Nado (conto de vampiros)


- Naquele tempo, rapaz, eu só acreditava.... no pulsar das minhas veias - queixou-se saudoso o vampiro.

- Também custiste o pessoal do Ceará, Conde Nado? Ednardo, Fagner, Belchior, Fausto Nilo...

No aço dos seus olhos, baço, vislumbrei um traço de tristeza, uma melancolia profunda.

- Terra do Sol. Estou fadado a não voltar mais lá. Sou agora uma criatura d...
a noite. Outras veias pulsantes me interessam.

- E a Transilvãnia?

- Aquela ingrata? Trocou-me por um lobismem das bandas do Cariri. Imagine que vivia me chamando de cachorro, a rapariga. E agora deu para gostar de uivo ao luar do Sertão. Vá entender as muleres, cabra. Vá entender!

Nenhum comentário: