28 setembro, 2009

501. speranza

Alimentava a esperança de que sua amada, que o havia deixado, voltasse para os seus braços. Aí aconteceu o terrível acidente em que perdeu os braços. Nem tudo estava perdido, disse. E ergueu a cabeça. Pelo menos ainda lhe restara aquela esperança para que desse de comer. As esperanças, como se sabe, não cantam como os pássaros nem são tão fiéis quanto os cães mas duram bem mais. E só depois que ele se foi é que ela, a esperança, finalmente morreu.

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