À mesa, o venerável Mestre Zen japonês Hakuin Ekaku perguntou ao mais néscio dos seus discipulos, Aguri Fumikazu, que fora encarregado aquele dia de servir as refeições no templo:
"Batendo duas mãos uma na outra temos um som; qual é o som de uma mão?"
Aguri Fumikazu olhou para suas próprias mãos como se as visse pela primeira vez e não pode evitar o desconcerto. Sentiu que lhe dava um nó na cabeça. Como não sabia a resposta, manteve-se em respeitoso silêncio. Calado admitia a sua ignorância.
Ao servir a tigela com arroz fumegante, porém, o humilde discípulo entregou ao mestre, talvez por descuido, apenas um hachi.*
O mestre curvou-se numa reverência e recolheu-se ao pátio onde costumava meditar. A lua cheia só viria no dia seguinte, mas mesmo assim ele adiantou-se: começou no mesmo instante o seu jejum.
"Batendo duas mãos uma na outra temos um som; qual é o som de uma mão?"
Aguri Fumikazu olhou para suas próprias mãos como se as visse pela primeira vez e não pode evitar o desconcerto. Sentiu que lhe dava um nó na cabeça. Como não sabia a resposta, manteve-se em respeitoso silêncio. Calado admitia a sua ignorância.
Ao servir a tigela com arroz fumegante, porém, o humilde discípulo entregou ao mestre, talvez por descuido, apenas um hachi.*
O mestre curvou-se numa reverência e recolheu-se ao pátio onde costumava meditar. A lua cheia só viria no dia seguinte, mas mesmo assim ele adiantou-se: começou no mesmo instante o seu jejum.
*. palitos japoneses
Um comentário:
Lindo, cara.
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