04 agosto, 2009

467. janelas

Ao despertar abriu a janela que percebeu dava para outra janela que já estava aberta e que dava para uma terceira através da qual via mais uma, escancarada, onde outra se encaixava qual moldura de um quadro com uma janela em close, entreaberta, onde sua vista já então se perdia. Fechou os olhos, bafejou, abriu-os novamente e, como supunha, as vidraças daquelas janelas todas se tornaram baças. Só então ensaboou o rosto e começou a fazer a barba que lhe crescera durante a noite.

Nenhum comentário: