05 agosto, 2009

474. luuanda (homenagem a José Luandino Vieira)

Dentro da cubata*, nos furos do zinco, coxo João Gonçalves espia lua que caminha no céu e ri. “Lua anda”, encanta-se o coxo. “Luanda". Sakua!** Aluado este monandengue!*** Via também lua andar quando pisou mina ali mesmo, no lixão, próximo ao musseque****. Bum! Lua ficou encarnada sangue dele.
cubata - barraco
sakua! - Eita!
monandengue - criança, moleque
musseque - favela

Nenhum comentário: